21.5.10
Prazer em conhecer: este é o meu blog sobre Toronto!
por Alessandra Cayley
Meu primeiro post para a série Insiders. Que prazer! Aliás, meu primeiro post na vida, por isso, não me julguem muito, be gentle. Eu vou melhorando com o tempo!
Pensei, pensei no que ia falar sobre essa cidade que tem tanto a ser dito. Toronto não é como outras cidades cosmopolitas onde, assim que se entra, leva-se aquele baque, como um choque para reavivar o coração em processo de enfarto, a descarga de adrenalina que é andar de taxi em Nova York ou tentar atravessar a rua 25 de Março em época de Natal. Não, Toronto é sutil. Pelo menos essa foi a minha percepção de paulistana, acostumada a dividir a cidade com mais 19 milhões de pessoas...
Mas o que a faz, então, digna de ser chamada de a mais importante cidade do Canadá? Toronto é a terra das oportunidades, onde todo mundo que chega, quer ficar. A cidade está para o imigrante como São Paulo está para o resto do Brasil. É a capital financeira do país, o maior pólo de empresas e serviços, universidades e centros de pesquisas.
Toronto é um imã para migrantes e imigrantes. Uma cidade que nasceu com destino traçado já que, na linguagem indígena hurão, Toronto significa “ponto de encontro entre pessoas”.
Mas, ainda assim Toronto é sutil, conseguiu preservar o subtle charme do canadense de raiz. As centenas de raças que aqui se instalam, não se fundem ou são forçadas a abandonar seus costumes. Elas coexistem e se chamam de Canadian quando conveniente, o que forma um interessante mosaico de culturas, que se traduz na arquitetura, na gastronomia, na moda e na agenda cultural da cidade. Aliás, tal diversidade acabou virando um certo “cartão-postal não oficial” de Toronto, competindo, ombro a ombro, com a Torre CN, que nem a mais alta do mundo é.
Toronto tem tudo o que os grandes centros urbanos tem: trânsito caótico – seja de carros ou de gente nas calçadas -, um centro financeiro efervescente, ótimos restaurantes, bares, danceterias e casas de espetáculos, lojas, lojinhas e lojonas para todo tipo de bolso e um sistema de transporte público que funciona; nada como Nova York, mas funciona. Tem também lixo nas ruas, gente pedindo esmola, ônibus lotado e déficit público. Mas é o ar blasé com que seu povo encara tudo isso justamente o que faz a cidade diferente das demais do ranking.
O torontoniano é apressado, silencioso (menos os adolescentes, que parecem seguir um código de conduta universal), discreto (exceção para as roupas e esmaltes das meninas no verão) e acima de tudo, cidadão. E não vive sem moeda.
Não dá para sobreviver em Toronto sem change, troco em inglês. Eu peguei trauma. Se não tiver um passe, tem que ter a quantia certa para pegar ônibus ou metrô. Não tem cobrador para te dar o troco. Se quiser usar o orelhão, tem que ter 50 centavos certos, o telefone também não dá troco. Tendo que estacionar, se não tiver moeda, vai ter que enfiar o cartão de crédito no parquímetro, que não aceita dinheiro de papel.
Agora, a última e melhor: deu vontade ir ao banheiro? Vai passar vergonha, se não tiver 25 centavos.
O primeiro banheiro público operado por moedas em Toronto deve entrar em funcionamento até o final deste mês. O local escolhido foi a intersecção da Queen Quay com a Rees Street, na movimentada Harbourfront, calçada de frente para o lago Ontário.
De acordo com a empresa Astral Media, dona do projeto, nas próximas duas décadas a cidade irá ganhar mais 19 cabines como esta.
O negócio promete ser, claro, de primeiro mundo. As unidades serão auto-limpantes, com sensores capazes de detectar a saída do usuário do vaso sanitário, que será, então, devidamente lavado e desinfetado.
A ideia inicial era não cobrar pelo serviço, mas a empresa acredita que uma taxa, ainda que nominal, afastará possíveis vândalos. Também ajudará na manutenção da cabine, adaptada para cadeiras e rodas e munida de aquecedor e ar-condicionado.
Programas de assistência distribuirão passes para moradores de rua para que eles possam usar o novo banheiro público.
Agora, o mais curioso: as unidades serão monitoradas e, no caso de o sujeito não se retirar do recinto em tempo pré-determinado pelos sensores, um segurança irá inspecionar para ver o que se passa. É bom que ele traga papel higiênico extra.
Eu vou lá testar e volto pra te contar como foi!
Até o próximo post e prazer em e-conhecê-los!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Realmente, conhecer Toronto, pelo olhar dessa jornalista super esperta, é sem duvidas incrivél, mesmo se Toronto não fosse "tudo Isso", passaria a ser depois desse post.
ResponderExcluirParabéns por esse Blog, e pela sua capacidade!! O mundo acaba de conhecer ALESSANDRA CAYLEY!
Oi, Má, obrigada pela força e pelos elogios! Um super beijo, Alessandra
ResponderExcluir