31.8.10

A Toronto cool, em mapa interativo da T magazine, do The New York Times



Por Alexandra Forbes, colaboração especial

Tem coisa melhor que a revista T do The New York Times? Pra mim, não: os caras dão um banho na concorrência, tanto em quantidade e qualidade de informação quanto em brinquedinhos multimídia. E dá-lhe slideshows, filminhos e mapas interativos.

E por falar em mapa interativo, o último é de Toronto e traz mil dicas super cool, aqui o link.

Eis os lugares recomendados (eles mostram onde fica no mapa e ainda dão uma descriçãozinha com foto de cada um):

119 Corbò
119 Yorkville Avenue
(416) 928-0954
119corbo.com

Origin
107-109 King Street East
(416) 603-8009
origintoronto.com

Cinq o1
501 College Street
(416) 964-1555
cinq-o1.com

Holt Renfrew Bloor Street
50 Bloor Street West
(416) 922-2333
holtrenfrew.com

The Room at Hudson’s Bay Company
176 Yonge Street, third floor
(416) 861-6251

Fawn
967 Queen Street West
(647) 344-4703
fawnboutique.ca

Chasse Gardée
1084 Queen Street West
(416) 901-9613
chassegardee.com

Thompson Toronto
550 Wellington Street West
(888) 550-8368
thompsonhotels.com

Goodnight
(647) 963-5500
goodnightbar.com

I Miss You Vintage
63 Ossington
(416) 916-7021
imissyou.ca

Parts&Labour
1566 Queen Street West
(416) 588-7750
partsandlabour.ca

The Hazelton Hotel
118 Yorkville Avenue
(416) 963-6300
thehazeltonhotel.com

30.8.10

Red Tea Box: um oásis de paz na vibrante Queen Street West

Uma das coisas que eu mais gosto é me surpreender com lugares; chegar sem pré-conceitos e ser recepcionada com algo totalmente fora das minhas expectativas, que geralmente, são altíssimas. Andar pelos lados oeste da Queen Street preenche essa lacuna do meu ser. São butiques que se expandem em vários andares, do porão ao sótão, ou em longos e magros corredores, que parecem não acabar mais. Lojinhas simpáticas que se desdobram em bistrôs que, por sua vez, funcionam como antiquário que, também podem servir como galeria de arte.

É assim com o Red Tea Box, loja-bistrô caixinha de jóias, de tão gracinha que é. Encrustado no meio da Queen Street West, com uma vitrininha modesta e uma portinha de entrada vermelha, mais modesta ainda, o lugar parece que explode aos olhos, uma vez dentro.

Entrada do Red Tea Box, no coração da West Queen Street/fotos: divulgação


Eclético, tem cara de casa de vó misturada com lojinha de chá de seriado infantil, num vibe exótico asiático. Só sei que dá vontade mexer em tudo e um medo danado de quebrar alguma coisa...

O que chama a atenção na vitrine são os maravilhosos bolos artesanais confeccionados lá mesmo, na minúscula cozinha do lugar. Tão perfeitos e elaborados que não dá nem vontade de comer. Nas prateleiras, chás das mais diversas origens e indicações. Tudo proveniente de plantações biodinâmicas ao redor do mundo. Esse sistema, que vai além da cultura orgânica, considera cada propriedade agrícola como um organismo, um ser indivisível, com ênfase no equilíbrio de todos os seus elementos, como solo, plantas e animais, e a sintonia desses com as forças de origem cósmica da natureza. Para fechar o papo-cabeça, a biodinâmica é um dos canais da agricultura que mais enfatiza a auto-sustentabilidade e reaproveitamento de material.




Talvez seja para se alongar em papos assim que o pátio descoberto e o restaurante com cara de de antiquário foram criados no fundo da loja. O serviço segue um propositado ritmo lento, exatamente para que se dê tempo a longas conversas e apreciação do menu, que tem desde sopas a lanches, saladas e combinados de chá com pratos doces e salgados.




Duvido você sair de lá sem, aos menos, uma caixinha de chá. E menos estressado.


Red Tea Box
696 Queen Street West
416-203-8882

27.8.10

Quatro horas de espera para entrar na nova loja da VS em Toronto

Que ingenuidade a minha…eu sabia que teria um pouquinho de dificuldade para entrar na loja da Victoria's Secret ontem. Claro, afinal, foi o primeiro dia que a loja abriu as portas para o público. Mas, nunca iria imaginar que fosse encontrar tamanho pandêmonio, guardada as devidas proporções, é claro, já que, pandêmonio de canadense é aquela coisa organizada, quietinha, polite...



Todo mundo esperando na fila, quietinhos a sua vez. Caos de primeiro mundo, minha filha

Duas filas: essa, à frente da loja, para pegar autógrafos da modelo Adriana Lima..

...e essa, à direita, só para conseguir entrar na loja e comprar, quatro horas de espera depois. Será que vai ter mercadoria para todo mundo?

O shopping inteiro estava um caos ontem, por causa disso. Já começou no estacionamento que, normalmente, já é lotado, por ser gratuito (também, pelo fato de o shopping ter uma estação de metrô dentro de suas instalações, o que faz muita gente deixar o carro estacionado por lá e ir de metrô para o centro).

Mas, o caso é que eu fiquei uma meia hora tentando encontrar vaga. Gente, ainda não é Natal e nem está nevando lá fora, come on!

Consigo uma vaguinha e vou, toda feliz, em direção à nova loja da VS. Passo pela sua irmã canadense LaSenza e, no surprise, nem mosca dentro da loja. Pior que cidade abandonada de filme de faroeste. Já a caçula da marca, Pink by Victoria's Secret, essa estava cheia, com vendedoras teen dançando na porta, como se estivessem numa danceteria. Acho que estou ficando velha....

Se eu não soubesse onde fica a loja da VS, nem precisaria perguntar ou olhar no mapa do shopping. Era só seguir o contra-fluxo de gente com as sacolinhas pink claro e pink escuro da marca. Sério, o shopping era um pink só.

Se achar foi fácil, entrar foi impossível. A não ser que eu quisesse esperar quatro horas na fila. Nem mídia estava entrando. Mais publicidade para quê? Numa outra fila, gente esperando para pegar uma foto assinada pela modelo Adriana Lima. Não sei qual das duas era maior.

Segundo um dos seguranças, a loja tem capacidade para até 300 pessoas, e lotou em 14 (não quinze) minutos depois da abertura. Perguntei quem foi a primeira sortuda a entrar na loja e pegar um autógrafo da Adriana, e ele me disse que foi "um bando de meninas" que chegaram no shopping às 4 da manhã para segurar lugar na fila! Sério?! Fiquei pensando, cá com meus botões, que isso deve ter sido jogada de marketing…sei não, fica aqui a dúvida.

Outra boa jogada foi distribuir gift cards com valores-surpresa entre 10 a 500 dólares nas imediações do shopping, que você redime na compra de qualquer produto da loja. O problema é chegar até o caixa...

Os cartões são válidos de 26 a 29 de agosto, portanto, quem conseguiu pegar um, tem que correr, senão morre na praia, e sem biquini da VS.



O que não dá pra duvidar é o poder de fogo da marca. E o poder de compra das canadenses. Aliás, não é por nada não mas, eu ponho a mão no fogo de que 60% daquela gente toda na fila eram brasileiras! Gente, só dava brazuca nas lojas da VS em Nova York! E nas ruas; eu ouvia um conversê brasileiro, virava pra ver quem era e só via bonitonas alegres, cheias de sacolinhas da Victoria's Secret, Guess e GAP na mão.

Acho que, se as brasileiras fizerem greve de compras nos Estados Unidos, a economia do país afunda de vez!

O tio Sam que se cuide, agora que o Canadá tem VS pra chamar de seu...

26.8.10

Se dirigir em Toronto, prepare-se para ser multado

Uma coisa que eu nunca falei sobre Toronto, mas que você deve saber, se quiser morar e/ou dirigir nessa cidade: os policiais brotam do chão, por aqui. Brotam, juro que brotam.

Minhas amigas também não acreditavam até verem com seus próprios olhos. Eu já havia contado a elas o que aconteceu comigo, semanas atrás, quando levei um pé da minha sandália amarela para consertar. Coisa simples, o sapateiro mandou eu voltar para pegá-la em cinco minutos. Fiz o que tinha que fazer e, claro, entrei no carro, e já ia indo embora. Esqueci minha sandália amarela e só lembrei quando passava pela sapataria. Vi carros estacionados à esquerda da rua, e parei também, afinal de contas, vi carros parados no mesmo lugar, então, achei que estava certa. Coisa de cinco segundos e uns 50 metros da sapataria.

Não deu tempo nem de percorrer 10 míseros metros e um carinha de bicicleta passa gritando: “Tão multando seu carro!”. O quê???!!!!

Olho pra trás e não é que a tal da guardinha já estava estacionada, na frente do meu carro (como eu não a vi passar?), mandando a caneta (eletrônica, dá licença)?

Corro que nem uma doida pra tentar reverter a situação. Eu REALMENTE devia estar com cara de tresloucada, porque ela, depois de muita insistência e explicação de que tudo isso foi só por causa de um pé (não o par) do meu sapato favorito – e amarelo – que precisou de um conserto rápido, e que eu o esqueci, e eu achei que estava certa, e os carros parados atrás de mim.......

Resultado: não levei multa, mas tirei o carro de lá e parei num estacionamento pago. Nem acreditei na minha sorte. O rapaz da sapataria - que assistiu a cena de camarote – ficou com tanta dó que nem cobrou pelo conserto. Ah, sapato amarelo que vai ter história pra contar.

O sapato da discórdia...digam se não vale a pena ser multada por ele...?

Mas, como diz o ditado: “a sorte não bate duas vezes à mesma porta”, e eu aprendi que ditados são universais. Levando minhas amigas para o outlet da LaSenza em Mississauga, sigo o mapa que meu marido me desenhou e faço tudo certinho até chegar num farol em que devo virar à direita. Em Toronto, pode-se virar à direita mesmo quando o farol estiver fechado. Quer dizer, nem todos os faróis. Claro, esse fazia parte da exceção.

Assim que eu viro, bum, vejo um carro de polícia atrás de mim, sirene ligada e tudo. Minhas amigas: “Mas eu não vi nenhum polícia ao redor!” E eu: “Não falei que eles brotavam do chão?!”

Dessa vez não adiantou argumentar que eu não sou daquela cidade, que nunca dirijo por lá, que estava tão concentrada seguindo meu mapinha (que meu marido fez, apontando para o mapa, para ver se amolecia o coraçãozinho duro dele, mas nada...), que os descontos da LaSenza são tão bons que eu não conseguia mais pensar em nada (brincadeira, eu não disse isso...!).

Levei uma multa “gravíssima”, de 110 dólares, dada a mim com a pergunta se eu tinha mais alguma dúvida ("no, sir") e a explicação para ler minhas opções no verso. "Thank you sir", por arruinar meu dia e tirar 110 dólares do meu budget para lingerie.
Multa...amarela, para combinar com meu sapato...?

Passada a tremedeira e o medo de tirar o carro do lugar e mais algum guarda brotar do chão novamente, eu li minhas opções, que são:

1) pagar a multa e ficar quietinha
2) não pagar a multa e pedir um julgamento para aliviar o valor e os pontos da multa
3) não pagar a multa, não admitir a culpa e ainda pedir julgamento do caso

Adivinha qual foi minha opção...? Claro, a terceira, o que todo mundo faz por aqui, não só eu, viu?

Opção 3: mesmo pego em flagrante, negue tudo e ainda peça julgamento. Afinal de contas, as coisas nem sempre são o que parecem ser (e eu, realmente, não vi o tal do sinal, juro!)

Apesar de o processo de pedir uma reavaliação da multa ser um pain in the butt (o “pé no saco” brasileiro), ainda compensa, não só pelo valor monetário mas, principalmente, pelos pontos na carteira.

Por aqui, seguro de carro, assim como de casa, é obrigatório, e é atrelado à sua conduta como motorista. Levou muita multa, pegou muitos pontos, paga-se mais pelo seguro, que não é nada barato.

Lá vai eu no Ontario Court of Justice para fazer minha opção por julgamento, que será marcado dentro de seis meses. Só quero ver o que vai dar. Nunca pisei numa corte antes, que dirá em inglês e por causa de uma multa de trânsito. Don’t worry, eu te conto tudo, por aqui. Só espero que eles tenham WI-FI na prisão...

25.8.10

"Anjos" da Victoria's Secret aterrissam em Toronto

Tenho uma notícia boa e outra ruim: foi hoje a inauguração, para a imprensa, da loja da Victoria’s Secret no shopping Yorkdale, em Toronto. A modelo brasileira, Adriana Lima, foi quem cortou a faixa de inauguração, junto com os outros “anjos” da marca, Chanel Iman e Erin Heatherton. E eu estava lá, pra tirar um monte de fotos, e mostrar tudo aqui.

Essa era a notícia boa. A ruim é que a minha câmera deu pane e eu quase que fico sem foto, se não fosse pelo coitado do meu Blackberry....Câmera nova, dois meses de uso, bateria carregada, e nada. Literalmente, brochou na hora H. Será que achou que as meninas eram muito pro caminhãozinho dela?

A modelo brasileira, Adriana Lima, cercada por Erin Heatherton (à esquerda) e Chanel Iman (à direita)

Adriana atendendo aos fotógrafos, que pediam a ela fazer biquinho e mandar beijo...Dura essa vida de modelo, viu? E repara no tamanho da cintura da Chanel! Fala sério, e depois a gente quer que a lingerie da VS fique bem em nós, pobres mortais acima de 35 quilos....

Amei a tesoura! Tão Victoria's Secret!

O bom é que Adriana estará lá amanhã, novamente, dando autógrafos, na abertura oficial da loja para o público. Espero que a minha câmera não dê pra trás de novo. Alguém aí conhece Viagra para Nikon?

24.8.10

Pegue carona com a Globo para o show de Ivete Sangalo em Toronto

Mora no Canadá e quer ver a Ivete Sangalo levantar a poeira no Yonge-Dundas Square dia 6 de setembro na festa do dia da independência do Brasil, em Toronto? A Rede Globo Internacional te dá uma ajudinha. Mas seja rápido porque a data para inscrição no concurso vai até dia 29 de agosto.



Me conte, aqui no blog, se ganhou, e vamos tomar uma loira gelada por lá!

Boa sorte!


23.8.10

BBB (bom, brega e barato) Honest Ed's em Toronto

Esse post é para o meu amigo Alexandre Sayar, que está indignado que eu não falo dele no meu blog. Vai também um pedido de desculpas, por não ter levado a mulher dele, Eliane, no Honest Ed’s, durante a visita dela ao Canadá, dias atrás. Ao invés, levamos o cartão de crédito dele para passear nas lojas chiquetérrimas de Yorkville e Yorkdale Mall...Sorry, Alê, deixa pra próxima, quando você estiver por perto para controlar os nossos gastos! By the way, espero que a tarja magnética do seu cartão ainda funcione...!

O fato é que eu nem lembrei dessa parte da cidade, tamanha a minha ansiedade em receber as minhas amigas e mostrá-las Toronto em cinco dias. Uma pena pois, além da loja Honest Ed’s em si, um marco da cidade e do trabalho do empresário Edward Mirvish, há também várias galerias, boutiques e cafés charmosos ao redor, como o Victory Café, na área conhecida como Mirvish Village.

Mirvish Village (foto: Mirvish Village BIA, divulgação)

Victory Café na Mirvish Village (foto: divulgação)

Ed Mirvish tem uma história pra lá de interessante. Filho de judeus lituanos, nasceu em Virgínia, em julho de 1914 e veio para Toronto, com sua família, em 1920. O pai montou um mercadinho na Dundas Street. Ed tinha quinze anos quando o pai morreu, e teve de largar os estudos para ajudar a sustentar a família. Mais tarde, montou uma lavanderia e trabalhou como comprador para o fundador da rede de supermercados Loblaws. Em 1948, abriu o empório Honest Ed’s, que ficaria famoso, rapidamente, pelos baixíssimos preços praticados. Também pelos slogans, decoração e marketing a la Chacrinha, tipo “Não desmaie de susto com nossos preços baixos; não há lugar para cair!” e distribuição de perus de graça no Natal. A fachada da loja não fica atrás em breguice: um quarteirão inteiro de loja, com gigantescos luminosos em vermelho, branco e amarelo, lembrando à chamadas de peças e estreias de filmes antigos. Tudo devidamente iluminado com milhares de lâmpadas de camarim redondas, perfeita entrada de circo.

Fila na entrada da loja Honest Ed's, 1960. City of Toronto Archives, Fonds 1257, Series 1057, Item 465.

Brega ou não, o império de Mirvish cresceu e se expandiu além povão. Em 1962, Mirvish adquiriu o Royal Alexandra Theatre, salvando o prédio histórico de 1907 e estilo edwardiano, da demolição, e transformando-o numa elegante casa de espetáculo, como é, até hoje. Mirvish também comprou e restaurou o Old Vic Theatre (vendido posteriormente) e financiou a obra do Princess of Wales Theatre, construído especialmente para receber a produção Miss Saigon, em 1993.

Sua companhia de produções foi quem trouxe peças da Broadway a Toronto, como O Rei Leão, Mamma Mia! e Hairspray.

Além disso, é também creditado a ele o ressurgimento do perímetro ao redor de sua loja, o quadrilátero das ruas Bathurst, Bloor, Lennox e Markham. Diz a lenda que Mirvish haveria comprado um bloco inteiro de casas na rua Markham com a intenção de construir um imenso estacionamento para a sua loja, mas a prefeitura deu pra trás com a autorização para a obra, alegando ser área residencial. Como bom homem de negócios, Mirvish não se deu de rogado. Inspirado pela ideia da mulher em usar uma das casas como estúdio de arte, renovou-as e as alugou para artistas e donos de galerias cansados de pagar altos aluguéis nas bandas da já cara Yorkville. Não demorou muito para charmosos cafés e restaurantes seguirem a trilha. Hoje, a rua Markham e imediações é conhecida como Mirvish Village, no coração da The Annex, point dos descolados de Toronto.

Mapa do quadrilátero das ruas Bathurst, Bloor, Lennox e Markham, no coração da Annex

Desde que completou 75 anos, Mirvish passou a celebrar seu aniversário com uma grande festa em sua loja, regada a descontos ainda mais arrasadores (como itens a 92 centavos na comemoração dos seus 92 anos, em 2006) e fartura de comida e entretenimento de graça.

Peru, bolo e arte de graça

Com sua morte, em 11 julho de 2007 (catorze dias antes de completar 93 anos), seus negócios passaram a ser tocados por seu único filho, David, que parece seguir os passos do pai. Em 2008, o empresário adquiriu os teatros Canon e Panasonic, em Toronto. Quanto a Honest Ed’s, ela continua de pé, assim como a tradição de dar peru e bolo de frutas de graça, a mais de 1 500 famílias, uma ou duas semanas após a Parada do Papai Noel, no final de cada novembro, exatamente como fazia, há mais de 25 anos, aquele outro bom velhinho.

Edward Mirvish, o "Honest Ed"

Honest Ed's

581 Bloor Street West
(416) 537.1574

20.8.10

Winners, a Century 21 de Toronto e La Senza, a irmã canadense da Victoria's Secret

De volta a Toronto. Um misto de emoções e sentimentos cavalgam feito cavalos doidos na minha mente. Minhas amigas voltando para o Brasil e eu, mais uma vez, kissing goodbye e retornando para o Canadá. Aquela conhecida sensação de vazio, de alguém ter arrancando um dos meus braços a sangue frio; a volta do silêncio, do by myself. Mas, foi legal, curtimos muito, renovei meu estoque de lembranças, dei tantas gargalhadas que valeram horas e horas de abdominais. Vamos voltar com as pernas tonificadas, de tanto bater perna de loja em loja, e a barriga sequinha, de tanto rir. E o bolso vazio.

Tenho que admitir que estourei o budget, mas atire o primeiro cartão de crédito quem nunca passou por isso em Nova York. Aliás, nem precisei ir tão longe. O estrago já começou em território canadense mesmo. Culpa dos outlets da La Senza e da meca de descontos Winners. E pensar que eu morei por aqui anos sem nunca ter pisado o pé numa Winners! Não sei como sobrevivi!

A La Senza era canadense até um tempo atrás, quando o dono da marca Victoria’s Secret a adquiriu. É a cara da VS, mas com preços um pouco mais acessíveis. Com a chegada das lojas da VS no Canadá agora em agosto, as lojas da irmã canadense passaram por um face lifting. Particularmente, eu preferia o estilo menos glam que tinham antes, mas gosto não se discute, e a qualidade dos produtos continua a mesma, se não melhor.

Minhas amigas Sandra e Eliane exibindo, orgulhosas, as sacolinhas da La Senza

No ano passado, eu descobri um dos outlets da La Senza em Mississauga, cidade vizinha de Toronto e desde então, virei cliente. No Natal, arrebatei sutiãs de cotton, com cores e design transados, alças removíveis e diferentes combinações pelo absurdo preço de 3 por 10 dólares! Minhas amigas bem que poderão abrir uma lojinha pela quantidade de lingerie que levaram, com preços variando entre 6 a 10 dólares. E nisso incluem sutiãs não só de cotton, mas lycra, renda e microfibra, daqueles macios e sem costura.

Já na Winners, o negócio beirou a desvario. Para quem não conhece, essa cadeia de lojas recebe, diariamente, excesso de estoque de outras lojas, revendendo-os com descontos que chegam a 60% do preço original. Uma espécie de Century 21, mas com menos cara de loja de descontos. Nas prateleiras, encontra-se de tudo, de produtos de beleza a roupas, papelaria, cama, mesa, banho, sapatos, bolsas, acessórios, decoração. E tudo de marca, com nomes como Armani, Versace, Guess, Kerastase, Paul Mitchell, Michael Kors.

Nova York, depois de nós três, não será mais a mesma. Toronto depois delas, também não. Já estou me vendo percorrendo os corredores da Winners e lembrando das minhas amigas, ou buscando itens da lista de pedidos delas que, eu sei, não vai demorar a pintar no meu email...!

15.8.10

Novo susto na Times Square, evacuada

Saio para comer uma pizza em algum lugar próximo do meu hotel, no coração do Times Square, e não é que dou de cara com o quarteirão totalmente fechado, cheio de carros de bombeiros e polícia pra tudo quanto é lado?! Nada podia ser tão NY.

Claro que o sangue de jornalista ferveu e esqueci que estava de férias. Câmera em mãos, mas sem credencial de mídia, tive que sair pescando aqui e ali. E o que descobri até o momento, uma hora depois que a área começou a ser evacuada:

- A história que está sendo contada, por enquanto, é que houve um vazamento no 50º andar do prédio do hotel Marriot, que fica do lado de uma mega-loja da Aeropostale que está em construção. O vazamento seria de peróxido (quem me disse foi um dos bombeiros), um produto inofensivo. Não houve vítimas, mas algumas pessoas chegaram a ver uma pessoa deitada no chão, dentro do prédio.

Agora, 10h42 da noite, o barulho das sirenes já estão diminuindo. Vamos ver se a história é realmente isso mesmo. Checo na CNN, nada do assunto. Nada no Google idem. De qualquer modo, precisava contar para vocês, claro. Vamos ver se agora posso comer minha pizza.

Fotos:










13.8.10

Amigas em Toronto - Parte 2 - shopping spree

Já faz uma semana que eu falei que estava indo buscar as minhas amigas no aeroporto de Toronto?! Fala sério, acho que dia de viajante não tem 24 horas, deve acompanhar o tempo do voo.

A hora passou tão rápido, não deu pra fazer metade do que havíamos planejado, e já estamos em outra cidade, outro universo chamado Nova York.

Conselho de amigo: em querendo conhecer Nova York e Toronto na mesma viagem, comece pela primeira. As malas das duas estão abarrotadas de compras, coitadas. Já estou vendo despesas com excesso de bagagem, e compra de mala extra, claro.

Quando eu falo que Toronto também é destino de shopping ninguém acredita. É La Senza, Lise Watier, Winners. E Dollarama!!! Nossa, como a gente se divertiu ali! Foram hooooooras olhando todos os trecos, apetrechos de cozinha, pazinha pra isso, potinho pra aquilo. O povo é criativo, e a qualidade dos produtos chega a ser igual a muita lojinha de importados do Brasil.

Nem o clima lembrando verão brasileiro foi suficiente para convencê-las a sair do shopping e pegar uma piscina, dar um up no bronze nas praias ao redor do Toronto Island. Que sol, que nada. Deixa isso pra quando estiverem no Brasil. O negócio foi power shopping all the way. Todo mundo foi lembrado, até os cachorros e gatos, com muita comidinha e brinquedinhos. Para uma delas, óculos de grau da Tiffany & Co. Vai chegar arrasando em Sampa.



Vista da cidade de Toronto Island

No ultimo dia, consegui arrastá-las para o meu quintal. Elas nem sabiam o que era ar fresco mais. Como boa despedida de brasileiro, rolou um churrasco, Canadian: batata assada, milho, steak grosso e macio, pão de alho e uma saladinha para contrabalançar. Para brindar, um coquetel multicultural de cerveja: Corona, Heineken, Coors Light, Stella Artois e a minha preferida, Malzbier, da Antarctica, que veio especialmente para mim, do Brasil. Pode-se tirar a brasileira do Brasil, mas nunca o Brasil de dentro dessa brasileira. Tin tin!

6.8.10

Toronto para amigas



Minhas duas melhores amigas do Brasil estão vindo me visitar! Nem acredito que vou ter as duas, aqui, só pra mim, em Toronto! Quer dizer, em partes. Certo que não vou ter os filhos delas para competir, nem família, nem trabalho. Mas vou ter os shoppings, as lojas e as atracões turísticas medindo forças comigo. Estou na dúvida se vamos ter tempo de “botar a fofoca em dia” enquanto elas estiverem aqui ou se vou ter que mandar um email quando voltarem para São Paulo!

Portanto, nos próximos dias, vocês já sabem, estarei dando uma de guia turístico, mostrando cada pedacinho (e cada lojinha) de Toronto, uma coisa que eu adoro. E, claro, vou dividir com vocês nossas experiências, na medida do possível, porque não sei se minha habilidade de blogar vai ser compatível com a velocidade de três mulheres soltas na cidade, cartão de crédito em punho e a missão de ver tudo, comprar o que puder, ir onde conseguir, comer onde puder parar, enfiar tudo na mala sem exceder 32 quilos e ainda deixar espaço para as compras em New York! O quê? Eu não falei que vamos, as três juntas, para NY semana que vem?! Menina!

Elas irão ficar em Toronto por cinco dias. Uma, a Eliane (Li para os íntimo) já conhece a cidade. Para Sandra (San), será a primeira viagem internacional. Que privilégio, o meu!

As duas querem ver tudo, claro, mas o foco será compras, evidente. Elas estão chegando amanhã a tarde, dia do meu niver (parabéns para mim, nessa data querida...!) Então, pensei num roteirinho mais ou menos assim, veja o que acha:

- Sábado final de tarde, começo da noite: Yorkville. Já começamos com estilo. Damos uma voltinha na Bloor Street, conhecemos as lojas chiquetérrimas do lugar, como Chanel, Prada, Gucci, Hermès. Matamos a vontade de gastar na Winners e fechamos com chave de ouro, na Anthropologie, que eu amo (vou falar dela novamente, don’t worry).

Yorkville

Yorkville

Agora, me bateu uma dúvida: levo-as no Café Nervosa, que tem o melhor rooftop de Yorkville para apreciar o movimento das Ferraris, Porshes e transeuntes montadas, no melhor estilo de cast de Gossip Girls, ou vou direto para o MoRoCo Chocolat, o restaurante mais girlie da região? Com decoração em tons de branco, prata e cinza, pomposos cristais e veludos, é o lugar perfeito para levar as amigas (ou impressionar a namorada, anota aí). Hum, não sei. Talvez farei os dois, já que o MoRoCo também tem uma lojinha de chocolates e macaroons que parece um conto de fadas. Vamos ver.

Café Nervosa

MoRoCo Chocolat

Banheiro do MoRoCo Chocolat, olha que sonho!

- Domingo: como a Li resolveu furar o meu esquema indo visitar uma "outra" amiga dela que mora em Burlington (ciumenta, eu? Imagina!), minha revanche será levar a San para um tour por Toronto. Vamos até a Little Italy, onde fica as melhores cantinas de Toronto, Corso Itália, outro bolsão italiano, onde morei e onde fica o fantástico 900 Café. Tudo nesse café foi trazido da Itália, das máquinas de sorvete ao balcão de mármore à majestosa porta do lugar. Melhor cappucino e sorvete da cidade.

Corso Italia em época de Copa. A região é o QG dos torcedores latinos em Toronto

Corso Italia durante o festival de rua no verão

Também iremos para o centro, onde mostrarei os distritos financeiro e de entretenimento, um coladinho do outro. Ali por perto fica o cruzamento mais famoso da cidade – o Yonge-Dundas Square – assim, ela pode compará-lo com o Times Square quando em New York. É ali que fica o shopping Eaton Centre, queridinho dos turistas, a loja da Forever 21 e o Chipotle Mexican Grill, que tem, impreterivelmente, o melhor burrito do país, do continente, do planeta. E ponto. A rede é americana e chegou em Toronto há uns dois anos. Eu não curti muito essa história de jogar meu arroz e feijão numa tortilla e enrolar tudo junto com carne e salada. "Argh", pensei. Mas, o gosto do feijão com bacon deles, o arroz fresquinho, a carne desfiada, ou o frango bem grelhado com aquelas marcas de grelha....caí de quatro. Para expatriado, que só vê arroz e feijão em casa, se fizer, não há emenda melhor. Só cuidado com a pimenta, que rola solta, aliás, estamos falando de comida mexicana, apesar de americanizada.

Fachada de uma das entradas do Eaton Centre Toronto

Voltamos para casa, pegamos a Li e vamos passar a noite em Niagara Falls. Apesar de ter ido para lá, no mínimo, 214 vezes (toda vez que hospedo amigos e parentes do Brasil), ainda me emociono com as cataratas e com o parque em torno. Cada estação do ano revela uma beleza diferente, com a primavera trazendo as flores para o parque; no outono, folhas nas mais variadas nuances de laranja, vermelho e amarelo. O verão é aquele frenesi de gente. Mas, é no inverno que eu piro: a vegetação – e tudo o mais – congela, transformando o parque e as cataratas (que não congelam devido à força da queda d’água), num paraíso de cristal. Sabe o filme do Super-Homem que mostra o planeta dele, todo feito de vidro, gelo, sei lá? Então, é mais ou menos assim. Fantástico, irreal.

Niagara Falls no inverno






Mas, deixa o frio de lado, que eu quero mais é me estorricar no sol.

De volta a Toronto na segunda à noite, vou levás-la para comer, porque cozinhar, nem pensar, eu hein?! Te conto depois onde vamos. Tem a pizzaria Libretto, a cantina Olivia's at Fifty Three, o One...

Na terça, será o primeiro dia oficial de compras, yeah! Estou pensando no shopping Yorkdale, que tem a loja recém-inaugurada da Pink by Victoria’s Secret e a Crate & Barrel, de decoração e mobília, além de Michael Kors, Kiehl's..... De lá, damos um pulo no outlet da canadense Kitchen Stuff Plus, paraíso de gadgets para cozinha, banheiros e afins.

Quarta será dia de CN Tower, Queen Street West e arrumar as malas para NY. Espero não morrer de ansiedade até amanhã!!!!!