29.9.10

Ajuda às vítimas do incêndio do 200 Wellesley, em Toronto

Há tempos para baladar e tempos para fazer diferença. Tempos de ser ajudado e tempos de dar em troca. Esse é o momento de mostrar solidariedade, não com vítimas de desastres em terras longínquas, mas aqui mesmo, em Toronto.

Mais de 1 200 pessoas viram suas casas virarem fumaça na última sexta-feira, em um dos maiores incêndios já vistos em Toronto, segundo a polícia local.

O fogo começou num dos apartamentos do 24º andar do prédio e se alastrou rapidamente devido à presença de enorme quantidade de material de fácil combustão (como papel, por exemplo), segundo os bombeiros

Na tarde da última sexta-feira, 24, o community housing (apartamentos subsidiados pelo governo, destinados a pessoas de baixa renda) de número 200 da Wellesley Street East foi atingido pelo fogo, que durou até o dia seguinte. A polícia investiga as causas da tragédia. Os moradores, entre eles portadores de deficiências mentais, foram alojados no centro comunitário da região, em hotéis próximos e em casas de parentes e amigos. Catorze pessoas foram hospitalizadas, entre elas, três crianças.

Sem poder voltar para casa, os moradores estão contando com a ajuda da comunidade para sobreviver. Há a necessidade do básico, desde fraldas à produtos de higiene, meias, sapatos, tolhas de banho, cobertores.

E é exatamente aí que a gente entra. Veja algumas formas de ajudar:

- O hotel Gladstone (1214 Queen Street West) está arrecadando alimentos não perecíveis (macarrão, arroz, farinha, enlatados) até sexta-feira, dia 1º de outubro, 5 da tarde.

- A prefeitura de Toronto está coletando doações em dinheiro, que poderão ser abatidas do imposto de renda. Cheques podem ser levados até o Wellesley Comunity Centre (495 Sherbourne St) ou enviados pelo correio para Office of Partnerships, Metro Hall, First Floor, 55 John Street, Toronto ON M5V 3C6.
Fazer o cheque em nome City of Toronto, 200 Wellesley St E fire, e incluir seu nome e endereço completos para o recebimento do comprovante de doação

- Vale-compras, roupas (principalmente meias e roupas íntimas), sapatos, cobertores, produtos de higiene e limpeza podem ser doados no endereço 519 Church Street, nos seguintes horários:

- Segunda a sexta - das 9 às 21h
- Finais de semana - das 10 às 17h

Vamos mostrar que brasileiro é bom de samba e de solidariedade.

Zélia Duncan e produções premiadas no Brazil Film Fest, em Toronto

Saiu a lista das oito produções que farão parte do Brazil Film Fest 2010, em Toronto, sendo quatro filmes e quatro documentários:

Filmes
- Besouro, de João Daniel Tikhomiroff
- Blue Eyes, de José Joffily
- Elvis & Madona, de Marcelo Laffitte
- Time of Fear, de Sergio Rezende





Documentários:
- A Night in 67, de Renato Terra e Ricardo Calil
- Beyond Ipanema, de Guto Barra e Beco Dranoff
- Diary of a Crisis, de Sandra Kogut
- Dzi Croquettes, de Tatiana Issa e Raphael Alvarez (segunda chance de ver o documentário, para quem perdeu o BRAFFTv)

Outra ótima novidade é a presença de Zélia Duncan, que estará fechando o festival, dia 24 de outubro.


Ingressos e maiores informações sobre o Brazil Film Fest, aqui.
21 a 24 de outubro
The Royal
608 College Street

27.9.10

Conheça Toronto de graça com a TAP

Coisa boa a gente tem que divulgar, não é mesmo?

Mas confesso que quando me encontrei com Kathy, tive lá minhas dúvidas se ela ia dar conta da missão que nos esperava. No final, paguei a língua. Quem quase não aguentou fui eu.

Kathy é uma das muitas voluntárias do projeto TAP – Toronto Ambassador Program. Criado e mantido pela prefeitura de Toronto, é um fantástico programa de visitas guiadas à cidade, inteiramente gratuito, que muita gente não sabe que existe.



Eu mesma fiquei sabendo por meio do Toronto Tourism Association, quando pesquisava sobre Toronto para o guia Viagem Canadá. Além de lugares descolados, precisava saber também um pouco mais da história da cidade, de seus prédios, seu povo, como chegamos até aqui.

A fusão entre o novo e o velho, em Toronto, é o que faz a cidade ser o charme que é/Old City Hall (antiga prefeitura)

Kathy, uma distinta e elegante senhora de cabelos brancos e olhos de um azul intenso, foi designada para me acompanhar devido ao seu vasto conhecimento dos detalhes históricos e arquitetonicos da cidade. De aparência frágil, achei que não fosse aguentar andar por horas a fio. Não podia estar mais enganada. Kathy não só estava intelectualmente preparadésima para despejar em mim uma verdadeira aula de história sobre Toronto, como fisicamente em forma, tendo sido, por anos, voluntária da Cruz Vermelha, especializada em primeiros socorros em casos de desastres da natureza. Preciso falar que estava em boas mãos?

Minha atlética, inteligente e elegante guia, Kathy


Minha guia falava em inglês, mas o programa conta com voluntários em diversas linguas, de cantonês a tailandês, português, Punjabi, hindu.


Olhe para sua cidade com olhos de turista, mesmo que você tenha nascido nela. Você irá se surpreender


Estenda seu olhar para diferentes ângulos: olhe para cima, para baixo, mais perto, bem de longe, e descubra a graça escondida no caminho de todo dia/Prefeitura de Toronto

As visitas são customizadas de acordo com a preferência do visitante, como a minha, focada no aspecto histórico e estético da cidade. Dentre as opções, estão arte, ciclismo, música, natureza, esculturas.

Todos esses detalhes e outros são levados em consideração no formulário de requisição dos serviços da TAP, disponível no website da prefeitura.

Os tours podem durar de duas a quatro horas, são gratuitos, feitos à pé e usando-se transporte público. Disponível durante o ano todo (mas eu não aconselho fazê-lo no inverno, por motivos óbvios), acomoda até seis pessoas por tour. Uma das únicas restrições é que não pode ser marcado no primeiro dia do visitante à cidade, em caso de algum atraso na chegada. Pede-se também que o pedido seja feito, ao menos, com uma semana de antecendência à data desejada.




A experiência de Kathy me salvou, em todos os aspectos: desde informações preciosas sobre a cidade e acesso a lugares que eu nem cogitaria em ir, à sacolinha extra para acomodar a papelada que ela me forneceu e que eu ia juntando aqui e ali, dividir a sombrinha comigo (já que eu perdi a minha no ônibus), lenço de papel, água….

Acho que mesmo com toda a vivência de Kathy, ela ainda não havia se deparado com nada parecido a esse fenômeno da natureza chamado Alessandra Cayley!

24.9.10

Haja cultura para um domingo só

Esse domingo promete: festival de cinema brasileiro, show de jazz à noite e, no meio, festival de livros e revistas, na faixa!

Nada de dormir até mais tarde.

Das 11 às 6 da tarde, vai rolar no Queen's Park, como todos os anos desde 1989, o festival The Word On The Street. Uma espécie de Bienal ao ar livre, com barraquinhas e barraconas, dependendo do tamanho da empresa, com editoras expondo seus livros e revistas, autores fazendo leituras e dando palestras, atrações para baixinhos e grandões.

Com quantos escritores se faz uma torre?
Coluna decorativa de livros clássicos da literatura canadenses erguida centro para a mídia durante o G20, em Toronto


Boa oportunidade para comprar dicionários e livros de literatura mais baratos. Ideal para um networking com gente do mercado literário local. Também, aproximar a criançada do mundo das letras no papel, esse ilustre desconhecido da geração Facebook.

Jazz que reconstroi, em Toronto

Foi minha amiga Luanda Jones quem me falou e, se ela está no meio, eu assino embaixo. Além de absurdamente talentosa, é também super espiritualizada. Sabe aquelas pessoas que, com cinco minutos de conversa, te deixa zen?

However, mesmo com todo esse endosso, eu ainda fiz questão de perguntar: Lu, mas o negócio é mesmo sério? Seríssimo, ela garantiu e provou. Então, vamos divulgar:

Eu estou falando do projeto World Jazz for Haiti CD. Em janeiro desse ano, logo depois da série de terremotos que destruiu o Haiti, George Rondina, diretor da produtora Number 9 Audio Group, em Toronto, teve a ideia de fazer um CD para levantar fundos para a reconstrução daquele país. Convidou, então, o amigo e diretor musical, George Roller, para integrar o projeto que, por sua vez, estendeu o convite a outros do meio artístico. Depois de sete meses de trabalho voluntário, o resultado é um belíssimo album duplo, com 23 canções (12 cantadas e 11 instrumentais), produzidas por grandes talentos do cenário musical canadense. O CD vai custar 25 dólares e 100% da renda será destinada ao Canadian Red Cross Haiti Earthquake Appeal 2010.



Sample do CD, aqui ou na página deles, no Facebook.

A festa de lançamento do CD será nesse domingo, 26 de setembro, no Hugh's Room, aqui em Toronto, com apresentação ao vivo de alguns dos músicos que participaram do projeto, como John McDermott, Laila Biali, Aaron Davis, Mike Janzen, Luanda Jones, Maninho Costa, Mark Mosca, DK Ibomeka, Shuffle Demons, Andre Roy, Tom Reynolds Trio, Jane Bunnett, Lenka Lichtenberg, John Ebata, Gord Sheard, Nancy Walker, Jesse Capon, Ben Riley e outros.

As portas se abrirão às 18h, com início dos shows às 20h30.

Para quem não puder ir à festa, mas ainda quiser ajudar a causa, é só passar na sede do Number 9 Audio Group e pegar uma cópia do CD, a 25 dólares. Se morar fora de Toronto, o CD pode ser enviado pelo correio. Não tem desculpa para não ajudar.

222 Gerrard St East (esquina entre Gerrard e Seaton Street)
Segunda a sábado, das 9 as 18h
416-348-8718
1-877-828-3469
info@number9.ca

20.9.10

Pipoca canadense e filme brasileiro, em Toronto

Eu nunca sei qual é um e qual é o outro (desculpem, organizadores...), mas isso é o de menos. O importante é que a comunidade - e a arte - brasileira estão crescendo e aparecendo nesse pedaço de mundo chamado Canadá.

Estou falando dos dois festivais de cinema que vêm ocorrendo, todos os anos, na cidade. Ambos com grandes filmes e documentários.

Nessa semana (entre 23 a 26 de setembro), teremos o BRAFFTv 2010 (Brazilian Film Festival of Toronto).

Na programação, Lula, o Filho do Brasil, de Fabio Barreto, que abre o evento; a ficção Ernesto no País do Futebol, dirigido por André Queiroz e Thaís Bologna, e que conta a história de um menino argentino que se muda para o Brasil em plena época de Copa do Mundo. Imperdível.

Dos documentários, eu não quero perder: Herbert de Perto, dos cineastas Roberto Berliner e Pedro Bronz, sobre a vida de Herbert Vianna após o acidente que o deixou paraplégico em 2001, e Dzi Croquettes, de Tatiana Issa e Raphael Alvarez, sobre a história do revolucionário grupo alternativo de dança e teatro que abalou as estruturas em plena época de ditadura, nos anos 70.

BRAFFTv/divulgação


Em outubro (de 21 a 24), será a vez do Brazil Film Fest, com programação a ser divulgada.


Já sabem onde me encontrar nesses dias...

Toronto Public Health e sua “ameaçadora” campanha contra câncer de testículos

Tanta coisa acontecendo e eu agarrada numa gripe, já há uma semana. E isso que o inverno ainda está longe....

Mas, enquanto fico de molho, aproveito para ler os jornais e revistas que se acumulam pela casa. Um fato que me chamou a atenção foi a peleja entre o departamento de saúde pública de Toronto (Toronto Public Health) e o pessoal do Facebook.

O TPH estava disposto a pagar 10 mil dólares canadenses (R$ 16,6 mil) para o site de rede social Facebook por uma campanha de um mês sobre os perigos do câncer de testículos entre jovens e adolescentes. Mas, ao receber a imagem da campanha entitulada “Cheque Seu Pacote” (Check Your Package, em inglês) tendo, ao fundo, uma foto da região pélvica de um homem de cueca boxer, o site suspendeu a operação, alegando que a imagem seria "imprópria" e de linguagem "inaceitável".

Parece que nada agradou ao pessoal do Facebook, que continuou detonando a campanha. Para eles, o texto “Homens entre 15 a 35 anos estão no grupo de risco. 95% dos casos podem ser curados se diagnosticados cedo. Aprenda a fazer o auto-exame”, soa “ameaçador", ferindo as normas e diretrizes da empresa.

A campanha da controversia. Ainda se a cueca não aparecesse, vá lá.
Na boa, gente vê coisa pior nos perfis de alguns usuários do Facebook, não vê não?


Fiquei tão passada com a notícia que sugeri uma matéria para o BBC Brasil. Veja a matéria completa aqui.

O câncer de testículos é o tipo mais comum da doença entre jovens e adolescentes. Em 2009, foram constatados 900 casos no Canadá.

Isso sim, é ameaçador.

A campanha entra em vigor amanhã, dia 21, com foco nas universidades e colégios de Toronto. Mas, o mais irônico disso tudo é que a controversa imagem encontra-se, bonitinha e sem censura, sabe onde? Na página do Toronto Public Health no Facebook, para quem quiser ver, e de graça.

Aqui, o link:
http://www.facebook.com/#!/pages/Toronto-Public-Health/144625475552105?ref=ts

Brincadeiras à parte, com saúde não se brinca. Auto-exame nele, pessoal.

18.9.10

Cidadã do mundo


2h30 da manhã

Os dois maiores problemas em ter um ciclo cicardiano alterado, como o meu, são:
- a cara de zumbi que você fica durante todo o dia, tentando parecer que teve uma noite ótima de sono
- a dificuldade em manter contato com pessoas que não morem pra lá do meridiano de Greenwich...

Aventura do dia (ou, da madrugada): estudando para o meu teste de cidadania, que será realizado às 16 horas do dia 21 de setembro do ano de 2010, no município de Mississauga, situado na província de Ontário, cujo país é o Canadá.....zzzzzzzzz...que sono que dá. Legal, acabei de descobrir como acabar com a minha insônia!

Antes que você pergunte, vou explicar o por quê do tal do teste: estou no Canadá há mais de sete anos. Cheguei aqui em 2003, fiquei um tempo com visto de turista, indo e voltando para o Brasil a cada seis meses, um ano. Daí, conheci um canadense bonitão, que conquistou meu coração (sorri, não resisti fazer riminha...!).

Para que eu ficasse de vez - e legal - no país (já que eu não consegui convencer meu gringo a morar no Brasil...), nós nos casamos e ele entrou com um processo de tutela por essa pessoa que vos escreve (que fofo...), o que durou uns dois anos, até que o governo canadense me concedesse o visto permanente de estadia no país, que é o que eu tenho até hoje.

Porém, para ter passaporte canadense, poder votar, ter direito à aposentadoria e outros balacubacos daqui, eu preciso ser cidadã; e a cidadania só é dada ao residente que permanecer em solo canadense por 1 095 dias ou, três anos.

Aí, você pergunta: mas já não fazem sete anos que você está aí? Yeah, meu camaradinha, mas a lei só conta os dias DENTRO do Canadá, EM solo canadense, portanto: foi passar férias no Brasil por dois meses? Menos 60 dias na contagem. Fugiu do inverno canadense em Cuba? Menos sete dias na conta. Foi gastar uns dólares americanos em Nova York? Mais uns dias contra. E assim vai, entendeu?

Quando, finalmente, você atinge os tais dos três anos, já está pronto para dar entrada no processo de cidadania, que demora cerca de um ano e meio para ficar pronto! Não é ótimo?!

Daí, quando você já nem lembrava mais do assunto, vem uma cartilha Caminho Suave na sua casa, com umas 60 páginas de tópicos que poderão cair no teste tipo vestibular, que vai demorar mais uns seis meses para ser marcado.

Espero que caia essa pergunta: "Quais as cores da bandeira do Canadá?"

Nunca sei se a Elizabeth atual é a primeira ou a segunda...mas aprendi que a tataravó dela foi a grande rainha Vitoria. Conta como meio certo?

Claro que você vai jogar o bagulho num canto e só vai lembrar que tem que estudar ao receber a carta-convocação para o teste, emitida mais ou menos uns dez dias antes da data. Contando que você achou a bendita da apostila, ainda irá protelar, achando que sabe o suficiente. Será somente o medo de não passar e virar piada dos amigos e família o que fará você sentar e encarar o monstro, lá pro final de semana antes do teste, e depois de ter assistido um DVD, comido uma pizza, tomado um vinhozinho....

17.9.10

Canteen, o restaurante casual do O&B no Bell Lightbox

Insônia. Pois é, são 3:42 da manhã e eu não consigo dormir. Não quero dormir. Tô elétrica, um verdadeiro "single elétrico", haha pra quem entendeu a piada! Não, não estou bêbada, estou apenas respeitando o meu ciclo cicardiano, meu relóginho biológico, que deve ter sido acertado com o horário do Japão antes de a cegonha ter me jogado lá no Brasil...fala sério...

Mas, o post não é sobre o meu ritmo biológico destrambelhado, mas sim sobre uma coisa que eu queria contar e acabei não contando, tanta coisa que se passa nesse meu mundinho: fui comer lá no Canteen, um dos restaurantes do grupo Oliver & Bonacini no Bell Lightbox, lembra que eu falei?




Pois é, o lugar é muito gracinha, tem tudo para virar hot spot. Já a comidinha...sei lá, não sou crítica gastronômica (precisaria da ajuda da minha amiga Alexandra Forbes) e não comi nada de muito extravagante, só um café da manhã mesmo: uns zoião frito, umas batatinhas, uns tomatinhos no azeite. Então, não me dou ao direito de criticar. Se bem que....

....eu achei os ovos pequenos demais. Tudo bem que o meu prato foi o Breakfast Lite, mas põe light nisso. Dois ovos (pequenos, como eu já comentei), uns tomatinhos cereja cortados no meio, temperados com azeite e umas salsinhas, e UMA fatia de pão. UMA, minha gente, uma! O prato não devia chamar Lite, devia chamar Model's Breakfast!

O café da manhã da controvérsia. Uma fatia de pão?


Meu marido optou pelo normalzão, o All Day Breakfast. A diferença? Uma linguiça pálida, branquela, uma fatia de bacon totalmente gordurenta e DUAS torradas. E quatro dólares a mais no preço ($14).

Daí, inventamos de pedir um negócio chamado Potato Beef Hash, que a garçonete (waitress, fica mais bonito) explicou que era uma batata frita (French fries) misturada com carne, tipo carne assada, rosbife, sei lá. "Gostoso" disse ela. Então, tá.

Meu marido é do tipo que não enjeita nada...mas comeu só uma garfada do negócio.

Tá, você deve estar achando que nós somos os mais chatos, né? Que nada, o café estava uma delícia.

Mas o que eu gostei do lugar foi, o lugar em si. Com paredes de vidro de fora a fora, é bem espaçoso, convidativo. Estou vendo ele bombar já. A decoração é rústica, sem frescuras, e a mesa balcão, instalada bem na entrada do restaurante, dá um clima de mesa de recreio de escola, sabe? Sei lá, que a gente senta, pega a merendinha e vai comer com os amiguinhos? Nossa, acho que eu preciso dormir. Tira o computador da frente dela, minha gente.

A mesa da merenda na cantina do Canteen!

Outra coisa legal é o menu Grab & Go, com opções mais criativas do que a manjada pipoca cheia de manteiga ou M&M'S cheio de açúcar (don't worry, eu adoro M&M'S) dos cinemas tradicionais: tem salada, muffin, lanches, até sopa!



Olha só, eu já havia esquecido, mas alguns leitores da página do Oliver & Bonacini me lembraram (viu como não sou só eu?): o serviço....gente, aquele povo tava devagar demaaaaaaaais. Em pleno dia de inauguração do Bell Lightbox, hellooooo! A fila de espera era de mais de meia hora, porém....mesas vazias do lado de dentro! A waitress ia nos colocar para sentar lá fora, na área descoberta, mas estava meio frio, então pedi para ficar dentro. Ela parou, olhou para os lados, que estava repleto de mesas disponíveis e me disse, na maior ingenuidade, como se eu fosse cega, que ia perguntar para o gerente se a gente podia sentar por ali. Hã?! Daí, o gerente, que é gente boa, disse que sim, e ela ficou procurando uma mesa para nos acomodar...

O café chegou depois que eu pedi duas vezes, e a conta...bem, demorou um pouquinho. Deu tempo de ir no banheiro, escovar os dentes, atualizar meus emails no Blackberry. Enfim, precisa dar uma agilizada no povo.

O Canteen fica no andar térreo do Bell Lightbox e é o mais casual. Já o Luma fica no segundo andar e é mais upscale. Tem também o espaço chamado Malaparte, que eu já falei aqui, um terraço chiquetérrimo na cobertura do Bell Lightbox.

Gostei do O&B feito com garrafas de vinho, um toque a mais


No Luma eu só tomei um café rápido, mas vou voltar semana que vem e, já sabe, conto tudo, por aqui. De madrugada, pra ser mais legal!

E nada do sono chegar....

16.9.10

Yorkville, o QG das celebridades em Toronto

Duas perguntas que mais se ouvem em Toronto, em época de TIFF:
- Já viu alguma celebridade?

- Em que lugar de Yorkville?
Não adianta, o QG do pessoal do mundinho do cinema é realmente Yorkville, que está para Toronto como Beverlly Hills está para Los Angeles e os Jardins para São Paulo.

As ruazinhas cheias de charme da Meca fashion de Toronto: lugar para ver e ser visto


Uma área relativamente pequena da cidade, é demarcada pelos elegantes endereços da Bloor Street ao sul, Davenport Road ao norte, Yonge Street ao leste e Avenue Road a oeste.

E pensar que a posh Yorville já teve seu lado hiponga, lá pelas décadas de 60 e 70, servindo de inspiração e ponto de encontro para notáveis da música e literatura, como o músico Neil Young e a escritora Margaret Atwood. Nos anos 80, tudo mudaria, com a chegada de condomínios caros e lojas de grife, o que transformou Yorkville não só na região mais chique de Toronto, como também o metro quadrado mais caro da cidade, e hangout preferido das celebs daqui e de Hollywood.

A Bloor Street é sua artéria principal, e o cruzamento Bloor-Bay Street o mais cobiçado endereço de Toronto. Ninguém tira o prestígio da região. Quer dizer, tira sim. Dá dó ver o que a prefeitura anda fazendo por ali, com um projeto de repavimentação que parece não ter fim.


Chega a ser engraçado assistir a mulherada se esgueirando nas calçadas improvisadas de madeira, equilibrando-se do alto de stilletos Manolo Blahnik e Jimmy Choo, no piso irregular de asfalto quebrado, tentando chegar, intactas, às suas butiques preferidas ou ao Starbucks mais próximo, que reina absoluto na região, óbvio. Aliás, falando em Starbucks, o que fica grudadinho ao hotel Four Seasons foi eleito o melhor spot para avistar celebridades. Estou pensando seriamente em fincar acampamento lá por esses dias...

O bom é que a construção não chegou até o miolinho de Yorkville, nas ruas Cumberland e Yorkville Avenue, e é ali que a caça às celebridades se intensifica durante o TIFF. A ideia é ser e ser visto, seja de dentro de uma Ferrari, ou por trás de gigantes óculos escuros Pucci. Se topar com uma celebridade, ótimo. Ser confundida com uma, melhor ainda.



Anthropologie, em Yorkville, campeã no quesito decoração de vitrine e, na minha humilde opinião, melhor do que a de NY

Yorkville é um charme só...

Foi assim, nesse final de semana, na frente do Hazelton e do Four Seasons. A rua foi fechada e barricadas de ferro foram usadas para conter a mini-multidão, que esperava, ansiosa, por seus artistas preferidos.

Frente do hotel Four Seasons, final de semana passado



A rua foi fechada para que os fãs pudessem transitar livremente, à espera de seus ídolos. Quem? Não importa





Todo mundo queria ver seu ídolo preferido. Estaria, esse, esperando pelo Snoopy?


Parada estratégica para um show off, de leve...


Qualquer carro preto que passasse, era motivo para gritos de delírio da galera. Melhor ainda, se fossem filmados e da marca Cadillac, carona oficial do TIFF.

Burburinho, também, na frente do Sassafraz, que já foi um dos preferidos das estrelas, perdendo o posto para o One, do hotel Hazelton.

Não conseguindo vaga dentro do restaurante, o jeito é armar acampamento no café Lettieri, em frente

Um jeito criativo de contornar o problema de estacionamento em Yorkville...

Até o momento, já passaram por Toronto, Ben Affleck, com a esposa Jennifer Garden, Robert De Niro, Matt Damon, Natalie Portman, o todo poderoso Clint Eastwood, entre outros.

Se eu vi algum deles? Todos! Da telinha do meu computador! ;)

13.9.10

"Toronto, uma das cidades mais fashion da América do Norte"

Quem disse não fui eu, mas o designer americano de sapatos Stuart Weitzman, xodó das celebs A-list, justificando a abertura de sua primeira loja em Toronto, terceira no Canadá.

Stuart Weiztman, o designer de sapatos queridinho das estrelas de Hollywood/foto:divulgação

Quem é doido por seus modelitos? Angelina Jolie, Jennifer Aniston, Eva Mendes, e atrizes nova geração, como Leighton Meester e Lauren Conrad (para os meus leitores com mais de 25 anos: a primeira é a Blair Waldorf da série Gossip Girl, e a segunda, atriz do "quase" reality show da MTV, The Hills), para citar algumas.

Jennifer Aniston e um modelo plataforma de Stuart Weitzman

A cantora Rhianna deixou o designer feliz da vida ao escolher uma de suas magníficas botas, esta cravejada com mais de 23 000 cristais, como parte do figurino da turnê de verão da cantora. E a cantora country Carrie Underwood subiu ao altar calçando um belíssimo peep-toe Stuart Weitzman branco com cristais pink Swarovski. Tudo bem que o vestido longo encobriu quase toda a beleza do sapato, mas o importante é que a mídia especializada soube...
Sapato de princesa que Carrie Underwood usou em seu casamento com o jogador de hóquei canadense Mike Fisher/foto: divulgação

O designer acaba de inaugurar uma loja chiquetérrima de 140 metros quadrados no shopping Eaton Centre, em Toronto. Projetada pelo arquiteto italiano Fabio Novembre, tem ares contemporâneos, com tons de baunilha e um cinza discretíssimo na decoração (as cores must do momento) e uma seleção de aproximadamente 200 modelos de sapatos da marca. E, claro,
handbags
para complementar o look star. Preços médio dos sapatos, entre 300 a 500 dólares.

Estilo clean e futurístico na mais nova loja de Stuart Weitzman, em Toronto


Stuart Weitzman

Toronto Eaton Centre
220 Yonge Street
(647) 352-0550

12.9.10

Inauguração do templo do cinema em Toronto, Bell Lightbox

O tempo não ajudou muito, mas pelo menos não choveu na festa de rua para a inauguração do Bell Lightbox, que rolou hoje, das 11 às 4 da tarde, no distrito do entretenimento em Toronto, lembra que eu falei por aqui?

Pois é, realmente teve cupcakes de graça, mas a fila era tanta para tão minúsculo docinho que eu nem me incomodei em conseguir um. O jeito foi tirar foto, de dentro do prédio Bell Lightbox, só para registrar e mostrar à vocês a voracidade do povo e o tamanho da iguaria.


Por falar de Bell Lightbox, vou precisar ir até lá uma vez mais para ter melhor opinião sobre o projeto. De pronto, gostei, achei o ambiente cool, avant garde, coisa e tal. Mas, as duas salas de projeção em que entrei não me impressionaram muito, não...

Já os restaurantes da rede O&B, esses sim, acho que vão bombar. Espaçosos, arejados e prometendo comida de qualidade, com direito a snacks para a hora da telona, trazem exatamente o que faltava na região.


Andar térreo do Bell Lightbox

Instalação do cineasta Atom Egoyan, 8 1/2 Screens, onde o clássico de Fellini é projetado em panos pendurados em varais e nos assentos da sala de projeção. Tenho certeza que a vó vai perguntar se isso é arte, mas eu amei a inversão anárquica da coisa

Eu, dando uma de artista: a sombra do semblante do meu hubby em contraponto com a arte de Atom

Do lado de fora, além de música e bolinho de graça, teve também protestos do pessoal do sindicato UNITE HERE. Dessa vez, o alvo foi o Hyatt Hotel, do ladinho do Bell Lightbox e hotel oficial do TIFF.

Rato inflável simbolizando o hotel Hyatt aos olhos dos funcionários do hotel, em protesto por aumento de salário e melhores condições de trabalho

Agora, quanto à nossa aposta....acho que deu 0 x 0 porque, nem eu, nem você, com certeza, iríamos imaginar que a surpresa seria...K'Naan?! É, o cantor do hino da Copa do Mundo, Wavin' Flag.

Ok, Justin Bieber realmente não seria a escolha certa para inauguração de um templo dedicado à arte do cinema mas, K'Naan não é canadense! Quer dizer, não é canadense de nascença. Ele nasceu na Somalia, foi para New York e só depois se mudou para o Canadá.

K'Naan em Toronto, hoje, para as comemorações da inauguração do Bell Lightbox.

Assim, até eu posso ser considerada "the hottest Canadian" um dia, já que minha cidadania está a caminho (dia 21, não te contei? Depois eu conto com mais detalhes). Por enquanto, fico com o título da "melhor jornalista brasileira"...

Um bom começo de semana!















11.9.10

Em briga de chef e restaurateur não se mete a colher?

Fiquei pensando numa coisa que aconteceu comigo essa semana e queria dividir com vocês, saber sua opinião.

Sempre que tenho uma matéria publicada, entro em contato com minhas fontes, para agradecer a ajuda, deixá-los saber que o artigo está disponível, etc e tal. E foi o que fiz quando o Guia Viagem & Turismo Canadá ficou pronto.

Como não tinha o email do chef de um dos restaurantes que visitei, liguei para o estabelecimento e deixei recado. E, qual não foi a minha surpresa quando, ontem, pegando os recados na minha caixa postal, um deles é do restaurante. Uma pessoa, que não se identificou, perguntou apenas se eu ainda tinha amizade com o chef, porque essa pessoa foi fired (despedido, uma expressão meio rude de ser usada por aqui) e que ainda devia dinheiro para o restaurante. Nada sobre a matéria, que virou só um detalhe no meio do fuá todo.

Nem sempre tudo acaba em pizza em brigas entre chefs e donos de restaurantes...pra piorar, esse restaurante em questão, nem pizza serve...

Apesar de ter tido um impulso de ligar para o restaurante, me contive, afinal de contas, não tenho nada a ver com isso. Mas, ficou um quê de decepção dentro do meu coraçãozinho de manteiga: gosto muito do restaurante, é um dos meus preferidos na cidade. Me lembro de ter conversado bastante com o chef, que me encantou com cada prato que me trouxe, desde o sabor à apresentação.

Achei uma pena tudo isso que aconteceu. Não sei quem foi que errou nisso tudo, se o chef aprontou ou se o dono do lugar é que tem problemas em administrar pessoas mas, no final, acho que todos perdem com o incidente: o chef, que poderá ter problemas em arranjar outro emprego; o restaurante, expondo de uma forma não muito elegante seus problemas internos, e eu, que fui deixada com esse gosto amargo na boca...

E você, o que faria, se estivesse no meu lugar?

10.9.10

O outro lado da greve do Royal York

Ok, acabei de falar com Melanie Coates, Diretora Regional de Relações Públicas do Royal York Hotel. Ela me disse que a greve não é realmente uma greve, mas o que eles chamam de "Action Day": um dia de protesto, que pode durar o dia todo ou terminar logo mais às seis da tarde.

O movimento é liderado pelo sindicato UNITE HERE, que representa empregados daqui e dos Estados Unidos de uma série de setores, como serviços, lavanderia, aeroportos, alimentação, jogos de azar e indústria têxtil.

Ela não deu detalhes sobre o que está sendo reinvidicado, mas disse que o hotel está aguardando um chamado do sindicato para voltar à mesa de negociações. Durante os protestos e conversa com a mídia, membros do sindicato dizem estar lutando por melhores salários e condições de trabalho.


O hotel preferido da rainha da Inglaterra, em Toronto, enfrenta protestos de funcionários insatisfeitos com salários e condições de trabalho


O hotel emprega 1 150 pessoas, sendo 900 sindicalizados. O restante, 250 funcionários que não aderiram ao sindicato, estão trabalhando. Segundo Melanie, o hotel está operando normalmente. Ela não quis dizer quais outras celebridades estão hospedadas no hotel, fora Martin Sheen e Emilio Estevez, que mostraram apoio aos protestantes agora há pouco, mas assegurou que, até o momento, não houve nenhum cancelamento de estadia.

Melanie salientou que o hotel estava preparado para o movimento, que é um direito que os funcionários sindicalizados têm. Ela espera que tudo volte ao normal amanhã.

As celebs também. Já imaginou esse povo tendo ter que arrumar a própria cama e correr até o Starbucks mais próximo se quiser tomar café da manhã?!

Greve no Royal York Hotel, em Toronto, com apoio de celebridade

Funcionários do Fairmont York Hotel não podiam ter escolhido dia melhor (para eles) para começar uma greve, com direito a piquete e discursos inflamados na porta do hotel: o primeiro dia do início oficial do festival internacional de cinema de Toronto.


Um dos mais tradicionais hotéis da cidade, se não do país, o Royal York é endereço certo para hospedar celebridades. A greve dos funcionários, que cruzaram os braços na manhã de hoje, sexta-feira, parece não espantar algumas celebs que, ao contrário, chegaram até a aderir aos protestos. É o caso de Martin Sheen, pai do atores Charlie Sheen e Emilio Estevez. De microfone em punho e placa em prol do movimento pendurada no pescoço, Martin disse que se estava se sentindo melhor fora do hotel do que dentro, parabenizou o movimento, disse que apoia a greve e que só sai do hotel se eles (grevistas) pedirem para ele e seu filho, Emilio Estevez, que também está hospedado por lá, sairem.


Martin está na cidade para divulgar o filme de Emilio, The Way, com premiere para hoje à noite.

Os funcionários do Royal York estão reivindicando aumento de salário e melhores condições de trabalho.

Eu entrei com contato com a Assessoria de Imprensa do hotel e estou esperando retorno. Voltamos a falar no assunto.